tipos de liderança
Postado em 21 de novembro por Focsi

Que tipos de liderança são ideais para sua empresa?

Conheça aqui modelos de tipos de liderança e identifique qual é mais adequada para sua empresa. Os modelos são amplamente usados e servem de guia, veja:


Alexandre Magno, Mahatma Gandhi, Jesus Cristo, Steve Jobs, Ayrton Senna. O que essas personalidades têm em comum? Todos tinham uma personalidade que os imortalizaram na memória humana. Embora tenham desempenhado diferentes tipos de liderança, é indiscutível o fato de que foram grandes líderes.

Nesse rol, há muitos outros nomes, mas em nenhuma outra época falou-se tanto da figura do líder como na nossa. Afinal, o que é liderança? Líderes já nascem líderes ou são forjados pelo esforço e determinação?

Neste artigo, você vai aprender um pouco mais sobre esse estimulante conceito, além de conhecer diferentes tipos de liderança. Vamos apresentar definições básicas da evolução teórica sobre o assunto, e você ainda vai descobrir uma ferramenta para mapear líderes. Acompanhe a leitura e confira!

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O que é liderança?

“Líder” é um termo que deriva do inglês “leader”, o qual, por sua vez, possivelmente evoluiu do protogermânico e do inglês arcaico. Essas palavras originárias, como “liðan” e “lædan”, não poderiam ter significados mais apropriados: “viajar”, “ir” ou até “seguir à frente mostrando o caminho.” Não é exatamente esse o papel de um líder, mostrar o caminho?

Contudo, apesar das definições históricas, desde o século passado estuda-se conceitos para explicar e identificar condutas de liderança. Dessa busca intelectual, nasceram inúmeras teorias, as quais deram bases para dezenas de milhares de livros que enchem as livrarias. Confira agora as teorias mais discutidas.

Teoria dos Traços

A teoria dos traços define a liderança como um efeito de uma combinação de características inerentes ao líder. Contemporânea de outras tendências reducionistas, como o Quociente Intelectual (QI), a teoria dos traços aborda a liderança de maneira absoluta.

Essa é possivelmente a mais limitante das teorias sobre os tipos de liderança. Isso porque ela argumenta que a base da liderança está em valores como aparência, força física, capacidade intelectual etc. 

Assim, pode-se entender a teoria da liderança carismática como uma derivação da teoria dos traços. Centrada na figura de generais e combatentes de guerra, a teoria dos traços é quase completamente voltada para o líder

Por isso, suas abordagens consideram a dinâmica entre líderes e liderados uma relação unilateral. Desse modo, os subordinados só são importantes enquanto função do líder, sem serem considerados objetivamente.

Teoria Comportamental

Com a evolução da ciência e dos estudos neurológicos, passou-se a abordar a liderança como possível efeito da aprendizagem. Desse modo, as tendências que admitem a liderança como o surgimento de uma autoridade técnica podem ser explicadas por essa teoria.

Assim, a teoria comportamental entende os tipos de liderança como conjuntos de qualificações adquiridas por força da experiência. Com isso, há margem para a discussão da possibilidade de treinamentos com propósitos de formar líderes. Afinal, só faz sentido treinar líderes se líderes puderem ser treinados.

Portanto, uma vez que a teoria comportamental relativiza os tipos de liderança, podemos dizer que sua abordagem centra-se nos liderados. Afinal, o comportamento que faz um líder é necessariamente uma correspondência dos anseios e necessidades de seus subordinados.

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Teoria Contingencial

Essa é, sem dúvidas, a teoria mais abrangente das três — e por que não dizer a menos egoísta? Isso porque suas abordagens não se concentram na figura de um indivíduo, mas na dinâmica do líder, liderados e situação.

Em outras palavras, a teoria contingencial propõe que líderes são efeitos das situações. Essas situações são compreendidas na complexidade das relações de necessidade, competência e conveniência circunstancial. 

Ou seja, a liderança, por essa abordagem, deve levar em conta toda a dinâmica das circunstâncias. Dessa maneira, não é possível falarmos de líderes sem que haja a necessidade da liderança. Portanto, um líder não deve ser isolado da situação que o torna líder, pois a situação é seu fundamento. Nesse caso, o líder é só um aspecto de algo maior.

Quais são os melhores tipos de liderança para sua empresa?

Geralmente a liderança nas empresas é algo que “acontece”, mas não é analisado com preciosismo. Isso é um erro fatal, pois a liderança impacta drasticamente a produtividade da sua empresa.

Um bom líder pode tirar um colaborador estagnado da letargia e colocá-lo na trilha do sucesso. Liderar é uma qualidade que pode acontecer de várias maneiras. Por isso, é importante estudar os tipos de liderança para entender melhor o assunto.

Sendo assim, agora que você conheceu algumas teorias sobre liderança, confira abaixo 5 tipos de liderança e pense em qual combina melhor com sua organização.

Laissez-faire

Esse termo em francês significa “deixe acontecer” e explica precisamente o que faz esse tipo de liderança. Aqui, o líder exerce um papel mais simbólico, e os colaboradores têm autonomia completa para trabalharem da forma como desejam.

É recomendado para empresas onde todos os funcionários são altamente qualificados, já que exige raciocínio lógico e expertise de todos para determinarem suas próprias tarefas.

Pontos positivos

  • Estimula a criatividade dos funcionários;
  • O líder tem mais tempo livre para focar em atividades importantes para o futuro da empresa, como estudar o mercado, concorrentes e firmar parcerias;
  • Diminui incidência de ansiedade e depressão dos colaboradores.

Pontos negativos

  • Pode gerar improdutividade;
  • Os funcionários podem focar mais em ambições pessoais do que nos objetivos da empresa;
  • Pode gerar estagnação, em que funcionários trabalham apenas na “zona de conforto”.
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Autocrático

Esse é o tipo de liderança a partir do qual os colaboradores somente obedecem. O líder aponta para a equipe o que fazer, como fazer e o que alcançar. Dessa forma, processos são delineados minuciosamente, e os colaboradores são punidos se não seguirem as regras.

Esse tipo de liderança tem se tornado cada vez mais impopular com o advento da internet e qualificação dos colaboradores. No entanto, ainda é muito presente em grandes fábricas ou empresas tradicionais.

Pontos positivos

  • O líder possui controle total sobre todo o processo;
  • É mais fácil fazer previsões, já que tudo é feito segundo regras rigorosas;
  • Gera eficiência, pois o colaborador se “acostuma” com as regras e com o tempo adquire agilidade na produção. Por isso, ainda é a liderança predileta nas indústria.

Pontos negativos

  • Os funcionários não possuem absolutamente nenhuma liberdade. Por isso, há maior incidência de depressão, ansiedade e turnover de colaboradores;
  • A empresa pode ficar estagnada, pois não há espaço para a criatividade;
  • A empresa fica rígida e assim é difícil implementar novas tecnologias ou processos organizacionais.

Transacional

Em termos gerais, esse conceito significa “faça isso que te dou aquilo”. Empresas que adotam esse tipo de liderança costumam ter programas de bonificação, prêmios e estimular a competição amistosa entre colaboradores por atingir metas.

É um uma estratégia de liderança recomendado para diversas organizações.

Pontos positivos

  • Deixa óbvio para o colaborador o que ele deve fazer. Os prêmios também geram engajamento e uma competição amistosa entre os funcionários;
  • É simples de implementar e os resultados são fáceis de mensurar;
  • As bonificações podem diminuir a ansiedade e estresse de alguns funcionários.

Pontos negativos

  • É um modelo desprezado pela maioria dos millenials, que podem não enxergar “vantagem” no plano de carreira com prêmios;
  • A competição amistosa pode gerar ansiedade em colaboradores que se sentem inferiores quando não recebem prêmios;
  • A empresa precisa investir recursos em bonificações para constantemente estimular sua equipe.

Democrática

Nesse tipo de liderança, todos os funcionários têm voz igual para opinar sobre as decisões da empresa. Assim, geralmente o líder realiza reuniões e escuta o que todos têm a dizer antes de fazer alguma escolha.

É um modelo comum nas empresas de tecnologia e na indústria criativa, pois estimula a participação ativa de toda a equipe no futuro da empresa.

Pontos positivos

  • O líder ainda mantém autoridade, mas permite abertura para todos se manifestarem. Assim a empresa se torna amistosa e transparente nas suas decisões;
  • Os colaboradores sentem que são parte do processo decisório da organização. Esse sentimento gera engajamento no dia a dia para a execução de tarefas;
  • Ideias criativas podem ser trazidas por quem menos se espera, e assim esse é um dos tipos de liderança que mais abrem as portas para a revelação de talentos.

Pontos negativos

  • Pelo fato de ser necessário escutar a todos, a tomada de decisões pode demorar. Assim, alguns processos podem ficar emperrados até um consenso ser atingido em equipe;
  • Uma decisão pode ser equivocada apesar de a maioria apoiá-la. 
  • Os funcionários podem “seguir a opinião dos outros” em vez de manifestar o que realmente pensam. Assim o líder pode achar que todos legitimamente se manifestaram, quando na verdade muitos estão “indo na onda”.

Transformativa

Nessa liderança, objetiva-se sempre instigar a equipe a imaginar o que a empresa “pode ser”. Portanto, trata-se de uma liderança que estimula a equipe a imaginar outras possibilidades. Dessa maneira, há mais foco em “novas realidades” do que meramente em resultados e métricas.

Esse tipo de liderança é altamente recomendado para startups e empresas de tecnologia, mas é preciso cuidado para não soar “piegas”.

Pontos positivos

  • Funcionários podem demonstrar qualidades inesperadas e se engajarem de forma profunda nas tarefas;
  • O dia a dia se torna dinâmico, o que pode evitar ansiedade e depressão;
  • A equipe tende a se unir, visando de forma coesa a atingir resultados — mais cooperativismo e menos egocentrismo.

Pontos negativos

  • Funcionários podem achar “piegas” o discurso do líder e não se estimularem;
  • a empresa pode focar muito na retórica “sonhadora” e acabar se esquecendo dos resultados e processos essenciais de lucratividade;
  • a maioria dos líderes não possuem habilidades de comunicação boas o suficiente para convencer os funcionários a se transformarem.
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Como usar o assessment para encontrar líderes na sua empresa?

A melhor forma para descobrir um líder é justamente colocar um funcionário nessa situação. Faça testes de vez em quando, como um dia na empresa em que um colaborador assume a responsabilidade para todos.

Esse tipo de experimento mostra na prática como a pessoa lida com o poder. Isso ajuda você a identificar se o profissional tem potencial de liderança. Claro que você não pode aplicar isso o tempo todo. Também são necessários outros métodos para avaliar a capacidade de liderança. Por isso, o assessment é muito indicado.

Modelo de análise dos tipos de liderança

A melhor forma de encontrar um líder é ver como o funcionário age na prática. Porém, talvez você queira saber qual tipo de líder ele é. Nesse caso, apresente ao funcionário as frases abaixo e pergunte com qual ele se identifica mais:

  1. “O conflito não pode ser evitado, mas eu conheço bem meus colegas e darei um jeito para minimizar os danos”;
  2. “Eu tenho todo o direito de recusar a opinião dos outros se acho que não presta”;
  3. “Creio que cada um sabe o que faz melhor. Por isso é importante dar espaço para as pessoas serem o que querem ser”;
  4. “Não importa o quão pequeno a tarefa é – o importante é valorizar os detalhes em tudo que você faz”;
  5. “O reconhecimento é o que estimula as pessoas. Basta valorizar sua equipe que a empresa voa!”;

A partir das respostas dos colaboradores, é possível estabelecer uma relação, ainda que superficial, com seus perfis de liderança. Nesse caso, considere a avaliação a seguir para identificar os tipos de liderança entre os funcionários:

  1. Quem concordar com a frase 1 tende a ser um líder democrático;
  2. aqueles que concordarem com a frase 2 geralmente são autocráticos;
  3. o posicionamento da frase 3 mostra uma afinidade com a liderança laissez-faire;
  4. a frase 4 representa o pensamento de um líder transformativo;
  5. por fim, a frase 5 denota o mindset de um líder transacional.

Como se tornar um líder?

Tornar-se um líder depende do modo como se compreende a liderança. Vimos 3 abordagens muito diferentes, de maneira que apenas uma dá verdadeira margem para a construção voluntária de um líder.

Contudo, temos visto emergir um novo estímulo no contexto corporativo de liderança: o autoconhecimento. Nesse sentido, é fundamental perguntar-se “por que eu quero me tornar um líder?” As respostas podem ser reveladoras e trazer mais das ambições do indivíduo do que é possível imaginar.

Além dos poderosos insights que a autoinvestigação proporciona, também é possível utilizar algumas ferramentas para o autoaperfeiçoamento. Veja algumas ferramentas de gestão que você pode estudar para identificar e gerenciar suas próprias competências e limitações como líder:

  • análise swot;
  • definição de missão, visão e valores pessoais;
  • diagrama de Ishikawa;
  • mapas mentais;
  • autofeedback;
  • linha da vida.

A dedicação pela autodescoberta e autorresponsabilidade é evidentemente capaz de gerar influência espontânea nas pessoas. Desse modo, há o surgimento espontâneo de um líder, principalmente se considerarmos que influência e motivação é sua principal característica.

Neste artigo, você conheceu alguns tipos de liderança e teorias que buscam explicar esse fenômeno social. Em todo caso, é importante termos claro que, independentemente das teorias, liderança é algo que existe. Assim, cabe unicamente ao líder enxergar o próprio potencial para uma influência eficaz sobre seus subordinados.

Agora que você conhece 5 tipos de liderança corporativa, que tal aprender mais sobre assessment para identificar esses perfis? Acesse nosso Guia Completo sobre o que é assessment e utilize essa metodologia para descobrir os líderes da sua organização!


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